"Sei que muitas vezes eu mesmo fui um obstáculo no meu caminho, mas isso acabou"

Feira do Livro de Frankfurt

O mês de outubro é muito importante para a Literatura Mundial. Além do Nobel de Literatura, em outubro, também ocorre a Feira do Livro de Frankfurt na Alemanha. Essa é a maior e mais antiga feira editorial do mundo.

A Feira do Livro de Frankfurt ocorre há cerca de 500 anos. Isso mesmo, ela ocorre desde que Gutenberg (que também era alemão) inventou a impressão de tipos móveis. Essa tecnologia permitiu a impressão de livros em larga escala.

Além disso, a Feira de Frankfurt homenageia a literatura de um país a cada edição. Em dois 2016, foram homenageados escritores dos Países Baixos e de Flandres (uma região da Bélgica culturalmente ligada à Holanda). O Brasil e sua literatura foram homenageados em 2013.

Simultaneamente à Feira, também ocorre o Prêmio do Livro Alemão (Deutscher Buchpreis), a premiação máxima da literatura alemã. Este ano, o vencedor foi o escritor Bodo Kirchhoff pelo romance WiderFahrnis. A obra narra um romance de dois personagens com mais de 50 anos, que se apaixonam e encontram uma menina (possivelmente uma refugiada). Eles a adotam. Mas os problemas da realidade confrontam o ideal de família feliz.

Ao receber o prêmio, Kirchhoff disse:

“É um alívio, porque neste prêmio é a obra que está no centro das atenções e não o autor. Eu sei que muitas vezes eu mesmo fui um obstáculo no meu caminho, mas isso acabou. Fiquei aliviado.”

Segundo a biografia do autor na Wikipédia em alemão, Kirchhoff sofreu abusos sexuais durante a infância e só falou publicamente sobre o fato em 2010.

Se você quer saber (em português) tudo sobre o que aconteceu na Feira do Livro de Frankfurt, assista, na internet, o programa Camarote 2.1 dos dias 26 e 17 de outubro (Clique aqui para acessar a página do programa).

Festa do Livro em São Carlos

Já no Brasil, nesta última semana, ocorreu a 3ª Festa do Livro da USP de São Carlos, interior de São Paulo. O Professor Rodrigo Prando da Universidade Mackenzie abriu o evento com uma palestra sobre os conflitos políticos atuais. Segundo o professor, esse conflito e a falta de aprofundamento e tolerância das discussões podem ser gerados, principalmente, pela falta de leitura da nossa população. Os livros recomendados pelo professor serão discutidos nos próximos posts. Comprei o livro Lula e Dilma, uma coletânea de vários autores.

Na Festa do livro, conheci também a Editora *mundaréu. Ela é uma editora especializada em livros de pessoas que vivenciaram a Primeira Guerra Mundial.

Editora *mundaréu

A Editora *mundaréu tem menos de dois anos no Brasil. Até agora, foram publicados seis livros, na coleção Linha do Tempo. Dos seis livros, três são relatos de combate no front (O Fogo de um soldado francês, Um Ano sobre um Altiplano, de um soldado italiano e Memórias de um Oficial de Infantaria, de um militar britânico) e três são memórias de civis que viveram esse período (O Súdito de Heinrich Mann, Marcha de Radetzky de Joseph Roth e Uma Juventude na Alemanha de Ernest Toller).

Comprei o livro Uma Juventude na Alemanha. É uma autobiografia do dramaturgo Ernest Toller. Ele narra o caos da vida na Alemanha entre as duas Guerras, cenário que serviu de palco para ascensão do nazismo de Hitler. Comprei esse livro, porque acho que podemos (ou não) traçar paralelos com a sociedade brasileira atual.

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Boas leituras!

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