Duas grandes perdas literárias

 Esta semana morreram o escritor uruguaio Eduardo Galeano e o escritor alemão (Prêmio Nobel) Günter Grass.

 De Eduardo Galeano, já li sua obra mais famosa, As Veias Abertas da América Latina. É um livro com ideais de esquerda que conta a história da América Latina com o ponto de vista de que o povo latino-americano é pobre (e vítima indefesa) porque sempre foi explorado por potências estrangeiras (fortes, poderosas e más). Risada maligna.

 Quando eu tinha 13 anos, uma professora de História citava a obra em todas aulas. Dez anos depois, eu li Guia Politicamente Incorreto da História do Brasil. De acordo com os autores, a versão da Guerra do Paraguai que nós brasileiros aprendemos na escola  é uma distorção gerada pelo livro As Veias Abertas da América Latina. Eles criticam o escritor uruguaio por não ser fiel aos dados.

 Fiquei curiosa e tive a oportunidade de finalmente ler As Veias Abertas da América Latina. Considerando a sua fama e polêmica, o livro me frustrou bastante. Acredito que ele seja um livro que só fazia sentido no contexto histórico em que foi escrito, com a Guerra Fria, União Soviética de um lado e Estados Unidos do outro. O livro é maniqueísta demais (bons e vítimas de um lado e maus e algozes do outro) para que eu acredite que ele é fruto de uma pesquisa história aprofundada.

 Mesmo assim, para ter uma opinião formada sobre Eduardo Galeano, lerei mais um livro dele, provavelmente, O Livro dos Abraços.

 De Hünter Grass, escritor alemão, ainda não li nenhuma obra. Em homenagem a sua morte, lerei O Tambor ainda neste mês.

Eduardo Galeano, escritor uruguaio.


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 Até nosso próximo encontro! Até sexta-feira!

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