Demian - Hermann Hesse
Demian do Nobel alemão Hermann Hesse (1877 – 1962)
é um livro sobre a autodescoberta de um adolescente, o jovem Emil Sinclair.
A
primeira vez que li uma referência a Demian
foi durante a leitura de Seus Pontos
Francos do psicólogo norte-americano Wayne W. Dyer.
Vocês também tem isso? Livros que levaram a
outros livros?
Livros que levam pra livros. |
Gostei
tanto do que foi citado que acabei comprando Demian. Mas ele ficou por anos abandonado na minha estante.
Este
ano, consegui lê-lo. Hermann Hesse usa palavras de um modo muito único. Lembra
o estilo do outro Nobel alemão, Thomas Mann. Talvez isso venha das
características da língua alemã. Eu particularmente não gosto desse estilo. No
entanto, a estória é tão bem estruturada e você encontra frases tão belas, que
vai acabar gostando do livro. É inevitável. Por exemplo:
Hoje sei muito bem
que nada na vida repugna tanto ao homem do que seguir pelo caminho que o conduz
a si mesmo.
Hermann
Hesse era um escritor místico, fortemente influenciado pela Bíblia e por outras
filosofias. Até agora, o blog 500
livros já listou oito
escritores laureados com Nobel que basearam suas obras na Bíblia.
Incrivelmente a lista continua crescendo, Hesse é o nono.
Quando
era criança, seus pais foram missionários cristãos na Índia, portanto, ele teve
uma forte educação religiosa cristã. Mas, parece que um pouco da Índia ficou em
Hesse. Os hindus o converteram. A grande virtude de
Hesse (e talvez a que mais contribuiu para seu reconhecimento internacional)
foi sua luta acirrada contra o Nazismo desde os primeiros anos. Para quem gosta
do tema, o blog já tratou de outro
inimigo ferrenho e pessoal de Hitler, o general Hammerstein.
Compartilho
mais algumas citações marcantes do livro Demian:
Mas o acaso não
existe. Quando alguém encontra algo de que verdadeiramente necessita, não é o
acaso que tal proporciona, mas a própria pessoa; seu próprio desejo e sua
própria necessidade conduzem a isso.
*****
O homem a quem
quiseres matar nunca será este ou aquele; esses não passam de disfarces. Quando
odiamos um homem, odiamos em sua imagem algo que trazemos em nós mesmos. Também
o que não está em nós mesmos nos deixa indiferentes.
*****
E nesse ponto
abrasou-me, de repente, como aguda chama, a revelação definitiva: todo homem
tinha uma “missão”, mas ninguém podia escolher a sua, delimitá-la ou
administrá-la a seu prazer.
Se
você leu este artigo, por favor, fique à vontade para deixar seu comentário,
crítica ou sugestão.
Boas leituras! Bom fim de
semana a todos!
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