ENERGIA SEXUAL & YOGA - ELISABETH HAICH
Energia Sexual & Yoga da terapeuta búlgara Elisabeth Haich
(cujo subtítulo é Tantra: A Canalização
da Força Criadora Divina) é o único livro sobre o tema
recomendado e traduzido pelo professor Hermógenes. Então, ao contrário de muita
charlatanice que há por aí, é um livro sério, elaborado com muita parcimônia
para atingir um público amplo.
Ao contrário do que muita gente pensa, a ética dos
praticantes de Yoga envolve um princípio chamado Brahmacharya, que significa literalmente “Abstenha-se de sexo”.
No entanto, isso não significa que o sexo seja “ruim”, “errado” ou um “pecado”.
Muito pelo contrário, o sexo é encarado como algo tão divino e maravilhoso como
comer e respirar, pois é por meio do sexo que surge a vida na Terra. “Mas vós frutificai e multiplicai-vos; povoai
abundantemente a terra, e multiplicai-vos nela.” (Gênesis 9:7). O que é
considerado errado é a deturpação do sexo, o uso do parceiro como um objeto. Saiba mais sobre todos os princípios do Yoga
lendo o texto do professor Hermógenes aqui.
O livro Energia Sexual & Yoga não recomenda a repressão sexual àqueles que não
estão preparados para isso. Muito pelo contrário, que desfrutem a sexualidade
como sagrada e maravilhosa bênção que é. Mas para aqueles que querem evoluir um
pouco mais rápido no caminho espiritual, canalizando a sua energia sexual para
fins mais elevados (Daí vem o termo canalização
do subtítulo), a autora passa técnicas avançadas.
Nosso espírito comporta em si as duas polaridades, feminina e
masculina. Mas, enquanto vivemos neste mundo, apresentamos um corpo em uma das
polaridades. É preciso um trabalho natural, suave, um longo caminho não
violento para que o deixemos de nos identificar com o nosso corpo e permitamos
que o espírito se manifeste como senhor do corpo, que de fato é. Quando
alcançamos este estado de comunhão, a castidade fica muito fácil e suave e
utilizamos a energia sexual para nossa comunhão com o divino. Não adianta
forçar ou violentar o corpo quando ainda não se atingiu a maturidade espiritual
necessária. Isso só gera frustração e doenças.
Mas, para aqueles que querem começar lentamente a canalizar sua energia para fins mais
elevados, a autora recomenda a prática das posturas Shirsana (Pouso sobre a
cabeça), Sharvangasana (Pose da Vela) e Viparita-Karani Asana
(Parada sobre ombros). Procure um(a) instrutor(a) de Yoga para realizar essas
posturas, pois todas elas têm restrições de saúde para alguns tipos de pessoas.
A única prática sem restrições, que a autora ressalta como a mais importante, é
a de Odshas
(Transmutação). Segue-se a descrição
de como praticá-la:
“Este exercício é,
realmente, muito simples. Importa em redirigir
a consciência de modo que atraia a ajuda da força mago-criadora,
tornando-se, deste modo, um ato mágico e vitalizador. Que o fez tomar conta
destas qualidades? O fato de eu mesmo,
conscientemente, tornar-me este poder. O
EU é vida, e onde EU conscientemente ESTOU, há também, VIDA. Onde quer que EU
conscientemente penetre, tudo se torna vital e doador de vida. Quem
considerar essas duas sentenças e compreendê-las corretamente conhece todos os
segredos da vida e da morte.
A técnica do exercício é
como se segue: com o perfeito controle respiratório do Yoga, tomamos uma
respiração profunda e inspiramos deliberadamente para os ápices pulmonares.
Depois com a expiração, que deve ser lenta e algo controlada, dirigimos a
consciência, primeiramente, às extremidades dos artelhos, quer dizer, eu próprio vou até lá com meu Ego.
Sentimos distintamente como se gera uma corrente nos pés, bem como um calor
incipiente, que, mais tarde, quando estamos mais práticos, torna-se um calor
ardente, uma sensação de formigamento cálido.
Inicialmente, praticamos
assim durante cinco a dez minutos; posteriormente prolongaremos o período; em
hipótese alguma pode o exercício ser nocivo. Não carecemos olhar o relógio.
Durante o exercício, saberemos, exatamente, quando a concentração, gradualmente,
começa a falhar e podemos parar então.
Sem concentração perfeita,
isto é, se não estamos completamente envolvidos, não há absoluta eficácia no
exercício. A melhor posição para a execução é o decúbito dorsal, de modo que o
sangue possa circular equilibradamente no corpo. Na ocasião, podemos sentir os
pés sendo carregados com altas frequências de consciência concentrada, e uma quentura formigante pelo
corpo. Consequentemente podemos despertar a consciência juntamente com a
irradiação e carregar as pernas com a energia vital superior. Depois, podemos
começar a irradiar as mãos, primeiro a direita, depois a esquerda, em seguida,
ambas, simultaneamente, até que elas também sintam o calor e formiguem. Podemos
ampliar o processo a todo tronco, ao corpo, de modo que tenhamos uma sensação
geral de vitalidade crescente como de formigamento morno, como de calor mesmo.
Tornamo-nos despertos em todo corpo! O corpo recebe essa irradiação como um
vaso aberto e começa a viver muito
mais intensamente. Todo o corpo, da cabeça aos artelhos, à ponta dos dedos,
começa a viver e estar desperto em toda a parte com tal intensidade e vitalidade que
se sente pleno de luz, com intensos raios de luz.
(...) Se há qualquer
perturbação no corpo, podemos focalizar esta irradiação com toda intensidade
sobre o local. E devemos descobrir, com admiração, que, através da energia
vital focalizada, as dores desaparecem – o mais das vezes subitamente – e o
catarro e outras desordens físicas são curadas. As frequências da consciência
são incomparavelmente mais altas do que as das ondas-curtas, raio X, ou radium. Naturalmente, o efeito é,
incomparavelmente, maior também.”
Boa prática a todos(as) que quiserem começar hoje! Muito
obrigada por acompanharem o trabalho do nosso blog. Por favor, fiquem à vontade
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