O Poder da Palavra
O Livro dos Jovens foi escrito em 1949 para a
formação dos líderes que reconstruiriam o Japão após a Segunda Guerra.
Durante a minha pré-adolescência até a universidade,
eu lia este livro uma vez por ano, todo janeiro. Depois de formada, passei muitos
anos sem lê-lo e, agora, a pedido de um amigo, estou relendo um capítulo cada
semana.
Hoje eu li o Capítulo 3 - Exercitem o “Poder da Palavra”.
Este sempre foi o capítulo mais difícil para mim. Porque ele enfatiza que todos
aqueles que querem assumir uma posição de liderança devem se comunicar bem e
que, para isso, é preciso aproveitar todas as oportunidades para treinar,
treinar e treinar mais. E eu, no começo, tinha muita dificuldade em fazer isso.
Destaco algumas
partes onde se destaca a importância de se falar bem:
“Quão lamentável seria uma pessoa, apesar de possuir
um grandioso ideal ou um plano fabuloso, ficasse completamente embaraçada e não
soubesse como se expressar, justamente no momento de falar sobre o seu ideal ou
explicar o plano diante dos outros...”.
“A linguagem é a expressão do próprio caráter do
homem. Portanto, via de regra, aqueles cuja linguagem é pobre são considerados
donos de uma personalidade pobre; aqueles cuja linguagem é rica são considerados
donos de uma personalidade rica e interessante; e aqueles cujo modo de falar
não tem firmeza são considerados donos de uma personalidade pouco firme.”
O livro também
propõe técnicas para a prática e aperfeiçoamento da arte da oratória. Como técnicas
também podem ser encontradas em diversos outros cursos de comunicação
(interessados, procurar no Coursera e
no edX), destaco o que
a obra realmente traz de inovador: os
aspectos psicológicos de uma boa comunicação. Eles são os seguintes:
1. Autoconfiança
“(...)
devemos convencer a nós mesmos de que “somos bons oradores”. Com essa
convicção, acabamos tornando-nos bons oradores.”.
2. Empatia
“Para que o orador consiga cativar os ouvintes é
necessário que sua mente esteja em sintonia com a deles. Se houver qualquer
barreira que impeça essa sintonia, o orador não conseguirá emocionar
verdadeiramente o público, Somente quando se identificar com os ouvintes, o
orador conseguirá emocioná-los e fazê-los vibrar com suas palavras.”
“O que foi dito acima se aplica também aos diálogos.”
E o autor ensina
uma mentalização para aumentar a empatia:
“Ele(s)
e eu somos um só, pois nos originamos de um único Deus. Por isso, eu gosto
dele(s) e ele(s) de mim, e eu consigo falar com ele(s) sem nenhum embaraço,
como se estivesse falando com meus irmãos.”
3. Mente aberta
“E também nos
casos em que o orador possua uma “mente estreita”, ele não conseguirá despertar a simpatia de
grande número de pessoas, pois essa “estreiteza” transparecerá em suas
palavras.”
“Se não tivermos o verdadeiro sentimento de amor à
humanidade, jamais conseguiremos proferir discursos que calem fundo na alma das
pessoas.”
Até hoje, estou
trabalhando nestes aspectos. Grandes verdades são ditas em O Livro dos Jovens.
Desejo que este
texto possa ajudar-nos a nos comunicarmos melhor. Por favor, fique à vontade
para deixar sua crítica, sugestão ou comentário.
Boa semana a todos!
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