Mercado Editorial Alemão
A Alemanha tem uma infraestrutura de publicação extremamente sofisticada e eficiente que atende perfeitamente às necessidades de toda a leitura pública: leitura por prazer, busca de conhecimento e interesses acadêmicos. Possui a segunda maior indústria de livros no mundo com desempenho de mercado geralmente estável.
Além de ser um lugar onde se vendem livros, as livrarias na Alemanha são também um espaço de lazer, nada de espaços apertados lotados de livros, é comum encontrar megalojas que oferecem café, sofás para leitura, espaço infantil, setores de filmes e músicas, além de uma grande variedade de obras em alemão e também em outros idiomas. Na livraria Thalia, por exemplo, é possível encontrar obras de grandes escritores brasileiros como Machado de Assis, Lima Barreto e Aluísio de Azevedo tanto em alemão como em português {veja aqui}.
Livraria Thalia em Karlsruhe.
|
A Alemanha adota uma estratégia de preços fixos dos livros desde 1888, que determina o mesmo preço para todos os locais de vendas na Alemanha. Os preços fixos evitam uma luta por preços que - de outro modo - seria vencida pelas livrarias de grandes cadeias. Essa fixaçao de preços é importande para evitar uma situação que tem ocorrido nos EUA e Grã-Bretanha, onde uma guerra de preços resultou em vitória para e-Books {Saiba mais}.
Durante uma conferencia anual da Associação do Comercio Livreiro Alemão (Börsenverein) em 2015, o então diretor-geral da associação, Alexander Skipis, declarou:
“A Alemanha é uma nação de leitores. Como a segunda maior indústria do livro no mundo, o mercado editorial na Alemanha funciona como um modelo em qualidade e diversidade, e seu desempenho de mercado é geralmente estável. Estamos ansiosos para manter e expandir este estado de coisas . No entanto, nós tememos que as empresas monopolistas como a Amazon continuem a desempenhar a sua posição dominante e abuso do seu poder de mercado ainda mais.”
De acordo com a Associação do Comercio Livreiro Alemão, a empresa Amazon é a responsável por pouco mais de 70% do total das vendas de livros on-line. Porém, tem sido alvo de queixas acusando a companhia de práticas de cartel {Veja aqui}.
As livrarias do mundo inteiro sofreram com a liderança da Amazon, por isso as alemãs lançaram o próprio e-reader (Tolino) para competir com o Kindle da Amazon.
Fonte: Buchreport; GfK ©Statista 2015 / Ich bin Tolino!
|
As publicações digitais (E-books) se estabeleceram no mercado alemão, mas não são dominantes. As vendas de e-books vem subindo apreciavelmente ocupando 4.3% do volume total de negocios e gerando uma receita de 28,4 milhões de euros em 2014. Em 2014, 79% dos livreiros alemães já ofereciam e-books e /ou e-readers.
Venda de E-books na Alemanha de 2010 a 2014 (porcentagem do volume total de negócios).
Saiba mais em :
Este é um excelente texto da Jaci do blog Literatura Brasileira.
Se você gostou, por favor, comente e compartilhe.
Comentários
Postar um comentário