Parte III: Visconde de Taunay, um escritor feminista!
Este post faz parte de um projeto de parceria com o blog Literatura Brasileira, confira a Parte II acessando o link.
A Retirada de Laguna, obra conhecida de Taunay, foi originalmente escrita em francês e publicada apenas na França (talvez por medo das críticas que ela pudesse sofrer no Brasil).
É baseada nos diários do autor. Ele participou da expedição que tentou invadir o Paraguai pelo norte (a guerra foi ganha pelos combatentes que vieram pelo sul!).
O Exército era muito principiante naquela época, não havia um corpo permanente, eram todos voluntários e os combatentes eram acompanhados de suas famílias (mulheres e crianças). Eles marcharam a pé do Rio de Janeiro até o Paraguai, cruzando o Pantanal. Todos desconheciam a região, inclusive o fato de que o Pantanal é um pântano!
Foram abatidos pelos paraguaios, pelo clima, pela falta de alimento e de remédios e decidiram pela fuga desesperada (um salve-se quem puder!), em linguagem militar, uma retirada. Taunay, assim como em Inocência, rende um tributo às mulheres heroínas que combateram contra os paraguaios, resgataram e cuidaram de feridos mesmo durante os combates mais sangrentos.
Vale muito a pena ler este livro. Você pode baixá-lo gratuitamente no Domínio Público.
Não, não é spoiler. É um fato histórico. Não existe nenhum relato de que alguém sobreviveu à Retirada de Laguna, exceto o autor, Visconde de Taunay. Ele se separa dos outros em Campo Grande (quando a narrativa do livro termina), depois disso, a possível continuação da história é que o grupo continuou fugindo dos paraguaios até Monte Alegre (MG) onde os últimos combatentes morreram de um surto de varíola. Em Monte Alegre existe um marco mostrando onde esses combatentes foram enterrados.
Túmulos dos Combatentes da Retirada da Laguna, Monte Alegre, MG. |
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Até logo!
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